Uma nova cidade em Santa Cruz do Capibaribe, impulso e suporte do acelerado desenvolvimento de Pernambuco e da muito importante atividade económica da região. (…)
Uma nova cidade em Santa Cruz do Capibaribe, impulso e suporte do acelerado desenvolvimento de Pernambuco e da muito importante
atividade económica da região.
Plena de vida e de actividade diversificada, mosaico de funcionalidades, socialmente inclusiva, atrativa e confortável,
tecnologicamente inteligente, sustentável na gestão dos recursos, energeticamente criativa e amiga do ambiente
natural, uma nova cidade desenhada com a plasticidade do lugar, de chuvas torrenciais e longas secas, um solo suavemente ondulado,
erodido pela abundância de água e pela sua falta, esculpido por um volúvel sistema hídrico, tanto feroz como
ausente, exposto a temperaturas elevadas, de violenta luz, zenital durante o dia e rasante nos crepúsculos, e algum vento
de sudeste, liberto do efeito do oceano.
Um modelo urbano caracterizado pela cumplicidade entre o ambiente natural, o clima, a geomorfologia, e os sistemas transformados e
construídos, resultante do entrelaçamento de duas cobras, a Alameda do Recife e o Boulevard de Santa Cruz, duas vias
de grande extensão que serpenteiam, cruzando-se e afastando-se, desde o rio Capibaribe, a sul, até ao planalto, a norte,
configurando a nova cidade, os seus momentos, as suas tensões e as suas pausas.
O seu traçado helicoidal propicia a interactividade e agiliza o relacionamento, do seu cruzamento resultam os caminhos, os
anéis, as praças, a avenida, os passeios, grandes espaços públicos que estruturam o modelo urbano.
A avenida e os dois caminhos desenham a memória desmanchada do rígido sistema cardo-decumânico da cidade clássica.
A alameda e o boulevard desenham a insinuante voluptuosidade tropical.