40 anos

Com um percurso profissional iniciado em 1971 e liderando o Gabinete Tetractys arquitectos, que fundou em Maio de 1991, António Barreiros Ferreira tem desenvolvido trabalhos nas áreas do Projeto Urbano, da Arquitetura, da Recuperação e da Arquitetura de Interiores, nos setores do Equipamento Urbano, da Cultura e da Comunicação, do Comércio e dos Serviços, do Turismo e do Lazer, da Habitação, da Indústria, e da Agro-Pecuária e Floresta, nomeadamente:

Equipamento Urbano Coletivo e Público
Estruturas e Equipamento de Mobilidade Urbana e Intermodal
Edifícios de Utilização Múltipla e Polivalente
Feiras e Salas para Exposições e Congressos
Auditórios e Salas de Espetáculos
Bibliotecas e Museus
Centros Escolares e de Reabilitação
Centros Clínicos
Centros Religiosos
Instituições e Agências Bancárias
Lojas e Centros Comerciais
Escritórios
Centros Lúdicos, Recreativos e de Jogo
Centros Desportivos e Clubes de Golfe
Hotéis, Moradias e Apartamentos Turísticos
Habitações Plurifamiliares e Moradias
Edifícios Industriais de Produção e de Transformação
Instalações Agro-Pecuárias e Florestais
Centros de Tratamento e Transformação de Resíduos

“A arquitetura transforma o espaço. A sua substância primária é o ambiente. O resultado pode ser favorecido pelas condições naturais, que transcendem o âmbito das nossas intervenções, ou não… Assim como o trabalho do arquiteto pode contribuir para manter ou restabelecer equilíbrios ou, pelo contrário, causar danos mais ou menos irreparáveis.
A capacidade de entender o contexto da nossa atuação é uma das competências profissionais que nos é exigida. Sermos recetivos a todas as sinergias para contribuirmos para o bem-estar dos outros.
Sempre assim foi. Não se trata de uma aquisição recente. Os 10 Livros de Vitrúvio continuam atuais e os seus ensinamentos ainda são de grande utilidade.
Recordo que em quarenta anos de trabalho a constante atenção às características físicas dos lugares e às condições naturais de ambientação térmica, de ventilação, de iluminação e acústica dos espaços construídos foi uma metodologia herdada da minha formação académica e profissional.

Quer na Escola de Belas-Artes, com Frederico George e Lagoa Henriques, quer nos ateliers onde, durante os anos 70 e 80, colaborei com Maurício de Vasconcelos, Bartolomeu Costa Cabral, António Nunes de Almeida, Manuel Sheppard Cruz, Arsénio Raposo Cordeiro e Luís Jorge Bruno Soares, por sua vez todos marcados pelo atelier Conceição Silva, a chamada “arquitetura amiga do ambiente” preconizava, de modo empírico e voluntarista, aquilo que hoje é exigência regulamentada, rigorosa e mensurável.


O gabinete TETRACTYS arquitectos, que criei em 1991 com Alberto França Doria, não foi só um virar de página processual. Foi a resposta a uma nova era na produção do projeto de arquitetura e a oportunidade de fazer face a desafios pautados pela inovação nos meios construtivos e tecnológicos, pelo rigor no projeto e na obra, pelo controle dos custos e pela eficácia do desempenho de empreendimentos que, como a FIL, no Parque das Nações, a Central de Tratamento de

das Nações, a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da Valorsul, em S. João da Talha, o Terminal Fluvial do Montijo da Transtejo, no Cais do Seixalinho e a Fábrica da Infineon Technologies, em Vila do Conde, se tornaram boas referências.

Mas hoje a aposta é ainda mais ambiciosa: a colaboração que tenho mantido com o Instituto Superior Técnico e as mais recentes parcerias técnicas em que me tenho envolvido com os mais diversos gabinetes de engenharia têm formatado estudos e projetos onde a interação integrada dos sistemas passivos e dos sistemas ativos concorrem efetivamente para a ambientação dos espaços construídos com flagrante redução dos respetivos custos de instalação e de manutenção, para o que tem contribuído com relevância o recurso a energias alternativas à queima de produtos de origem fóssil. Uma aposta de vanguarda que sistematiza o mais amplo sentido do engenho e da arte no vasto processo interventivo, do território ao objeto.

Está neste contexto a recente participação no Programa de Modernização de Escolas do Ensino Secundário, da Parque Escolar, e projetos nas áreas da habitação, dos serviços, do comércio e do turismo que, à qualidade do ambiente natural, têm acrescentado valores singulares e específicos facultando a oferta de produtos inovadores como é o caso do Mar da Califórnia, em Sesimbra, da Praia da Marinha, em Lagoa, da Quinta dos Carvalhos, em S. João dos Montes, do Verde Parque, em Sacavém, do Morgado Lusitano, na Póvoa de Santa Iria, da Gare da Póvoa, no Cais da Póvoa, e da Quinta da Barrada, em Alcobaça.

Dedicando especial atenção à interpretação programática e afetando a investigação pelo benefício das tendências e das potencialidades inerentes às características de cada estudo e de cada contexto, a experiência que adquiri ao longo de quatro décadas de atividade profissional oferece saberes confirmados, a sua reavaliação face a parâmetros de inovação e a ponderação de soluções

soluções que decorrem de um exercício projetual informado e amadurecido. Na conformação dos espaços e na definição dos ambientes relevo a eficaz integração de todas as disciplinas que contribuem para a síntese arquitetónica, quer no que respeita a soluções passivas, em especial no âmbito da sustentabilidade das propostas, dos custos energéticos e da correta apropriação e interação dos recursos, das estruturas e dos materiais, quer no que se refere a soluções ativas de caráter tecnológico, otimizando, compatibilizando e minorando os impactos dos diversos sistemas que concorrem para a edificação. Em intervenções singulares e delicadas ou em operações de vasta dimensão e complexidade, chefiando as equipas que constituí para o efeito, em parcerias com outros gabinetes, técnicos e consultores ajustadas a cada caso e coordenando as múltiplas disciplinas envolvidas, a constante aferição tecnológica e orçamental das soluções projetadas e o acompanhamento arguto mas minucioso dos processos de obra têm determinado resultados de grande

resultados de grande qualidade a par de um relacionamento comercial estável e continuado. Num mundo em mutação acelerada, com recursos cada vez mais escassos e preciosos e com padrões de desempenho e de eficácia de crescente exigência, é tempo de novos e mais abrangentes desafios…”
















          (António Barreiros Ferreira)